Procura-se na Quitanda

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Luiz Gonzaga

Rei dos Reis!
Aqui é a hora de dizer "Tome forró!". Gênio da sanfona e do estilo musical hoje conhecido e respeitado no mundo todo. Foi uma das mais completas figuras da nossa música popular, com seu trio de instrumentos (sanfona, zabumba e triângulo) levou a alegria das festas juninas e dos forrós pé-de-serra para o Brasil e mundo afora, conquistou admiração e respeito até dos avessos ao ritmo.
Suas músicas sempre levavam a realidade nordestina, a pobreza, as injustiças, a vida no sertão nordestino e o orgulho de ser "sujeito homem" para todo resto do país. Numa época em que a maioria das pessoas desconhecia o baião, o xote e o xaxado, ele representou sua terra e marcou um estilo musical lembrado até hoje.
Sempre foi admirado por grandes músicos e é até hoje. Foi um genial instrumentista e sofisticado inventor de melodias e harmonias, ganhando notoriedade com as eternas composições Baião, de 1947; Siridó, 1948; Juazeiro, uma das minhas preferidas, de 1948 também; Qui nem Giló, Asa Branca e Baião de Dois, só para citar algumas.
Suas músicas dissertavam genuinamente fatos rotineiros de sua vida e das tantas festas realizadas no sertão, além de sempre tratar de amor com muita malandragem e sim, um bucado de machismo (mas dá para levar isso na brincadeira, levando em conta sua fascinação pelas mulheres e seu talento musical de modo geral).
Nasceu em Pernambuco (minha casa! Aiai), era filho de Januário, cabra mais que macho do sertão que tocava acordeão nas horas vagas do trabalho na roça e ensinou Luiz a tocar e concertar o instrumento.
Nunca negou suas raízes nordestinas, foi do exército e cantou todas as suas experiências em música. Só em 1939 é que conseguiu se dedicar de fato à música, e ainda assim sofreu um bucado para conquistar algum espaço. No início da carreira, apenas solava o acordeão em repertórios repletos de choros, sambas e foxtrotes, além de outros gêneros da época. Seu repertório era basicamente composto por músicas estrangeiras que apresentava sem sucesso em programas de calouros. 
Só em 1941, num programa do Ary Barroso é que ele foi aplaudido tocando Vira e Mexe, de sua autoria. Finalmente, o sucesso valeu um contrato com a gravadora que lançou mais de 50 de suas músicas instrumentais. Depois daí, só sucesso! Cada vez mais ele conseguiu levar a cultura nordestina para o mundo e, assim é até hoje, quando suascomposições são tocadas e seu nome é lembrado em referência ao homem vestido tradicionalmente de couro, com seu cata coco na cabeça e sanfona a tira colo. Como queria ter vivido na época em que as festas tocadas por ele levantavam poeira do chão!
Não tem nem como escolher alguma música, são muitas boas. Gosto demais de Cintura fina, um xotezinho gostoso demais pra dançar agarradinho!
Dá para achar boa parte de suas músicas no 4shared e para saber sobre ele, o site http://www.luizluagonzaga.mus.br/index.php
Para baixar cintura fina: http://www.4shared.com/audio/DsQQUU2N/Luiz_Gonzaga_-_Cintura_Fina.htm







Nenhum comentário:

Postar um comentário