Procura-se na Quitanda

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sururu na Roda

Para acalentar os ouvidos e colocar em versos e melodia o que muitas vezes minha voz quer falar, a Banda Sururu na Roda aparece! Uma das coisas que mais gosto na música é isso: Poder tirar delas a versão perfeita e musicada do que muitas vezes meu coração sente, mas por falta de tato não consegue expressar.
É através da música, que concentro minhas principais direções e encontro nelas a explicação verbal para milhões de sentimentos que guardo no peito. Acho uma dádiva transformar sofrimentos e alegrias em som e, melhor ainda, poder compartilhar isso de uma forma tão única e ao mesmo tempo tão global. Sim, porque uma mesma música faz sentido para mim, para você, para uma vizinha, para a irmã de um amigo seu, para a senhora do mercadinho e para o moço da lotérica! Se não chamasse música, chamaria mágica!
E tudo isso porque me encantei com o que ouvi de Sururu na Roda, uma banda genuinamente carioca que conta com Nilze Carvalho, na voz, cavaquinho e bandolim; Fabiano Salek, voz, e percussão; Sílvio Carvalho, voz, percussão e cavaquinho e Juliana Zanardi, voz e violão.
Um dos grandes diferencias do quarteto afinado é a sonoridade, que expressa diferentes nuances de timbres, já que seus integrantes são todos cantores e instrumentistas, cada um trazendo consigo uma bagagem e influências diferentes. A junção de tudo e todos é o que faz o som ser sensacional! Embasados na música brasileira (minha grande paixão!), os quatro trazem uma verdadeira miscigenação musical!
O primeiro CD foi "Arco da Velha", lançado em 2001, seguindo fielmente as rodas de samba. em seguida, veio o "Sururu na roda", trazendo no repertório músicas de Dorival Caymmi, Zé Keti, Noel Rosa, entre outros bons bambas, além do privilégio de poder contar com a participação de Chico Buarque.
Em 2008 veio o terceiro CD, "Que Samba Bom", gravado ao vivo, com canções inéditas e de autoria própria. 
Os três CDs são excelentes e as músicas muito bem trabalhadas, desde seu arranjo até as letras, sem contar a diversidade, ora um choro compassado com vozes em coro, ora samba de roda e alternâncias vocais, além dos instrumentos arredondados entre si, deixando os breques perfeitinhos! Lindo trabalho, mesmo! Vale a pena.
Do CD novo, "Se você me ouvisse" é linda demais e do CD "Que Samba Bom", "De maré" é obra prima! 
Vou deixar aqui a do novo CD que o clipe também é uma graça!
Para encontrá-los: site oficial e muitos shows pelo Rio! http://www.sururunaroda.com.br/site/sururu.php

Se você me ouvisse - Sururu na Roda

Se você me ouvisse não estaria chorando agora / Chora, chora / Vou-me embora / Vou deixar a saudade como lembrança / Adeus linda criança / Se ficar vou sofrer muito mais do que já sofri / Vou com Deus / Vou sair daqui / O nosso sonho chegou ao fim / Não adianta chorar por mim / O amor quando nasce é bonito a gente ver / Que bom se não chegasse o momento do amor morrer / É por isso que eu sinto o meu peito tão magoado / Quando venho dizer que está tudo acabado.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Luísa Maita

Estou repetidamente escutando o CD dela e não cansei até agora! Voz de veludo, melodia trabalhada, inspirações de vários ritmos, cada música uma estrutura, um detalhe e uma particularidade. 
Ela não é só a vocalista, é também compositora e pesquisadora da música, e é exatamente aí que cabe a diferença de quem faz sons de qualidade!
Muito bom ver que temos novos talentos na música brasileira e que buscam valorizar nossa verdadeira raiz, usando como referência o samba, a bossa nova e a MPB (de qualidade). E mais ainda, somando o que temos de Brasil de forma perspicaz às novas possibilidades da música, como o som eletrônico, que tem conquistado grande público.
De maneira sutil, Luísa deixa seu recado e encanta os que a escutam. Seu sucesso se dá aqui e por muitas outras partes do mundo, tendo seu CD lançado nos EUA, Canadá, Portugal e Europa. 
A Revista Rolling Stones colocou-a no topo da lista dos melhores discos de 2010. E em julho desse ano, foi eleita artista revelação do ano no Prêmio da Música Brasileira.
Sim, acredito que ela vá decolar por aqui! É o que espero, já que é uma exceção em meio às tantas porcarias que o Brasil vem produzindo na Indústria da música.
Bom, para encontrá-la, tem site próprio, vamos acompanhando para ver como ela se sai!
http://luisamaita.com.br/site/PT/

O CD todo é ótimo, mas estou fascinada por "Desencabulada" e "Lero-Lero", que leva o nome do disco.
Fica aqui o vídeo e letra para quem quiser conhecer!


DesencabuladaLuisa Maita
Foi num baile funk, chegou de madrugadaDesencabulada, quase tava nua,e ainda assoviava um refrão.
Isabel morena, do cabelo cacheadoUma poesia de cintura e boca,de olhar atento e sedutor.
Foi num baile funk, danço desesperadaSeu suor banhava os parceiros muitose o refrão cantava sem pudor
Aiê, aia...
Isabel morena, do cabelo cacheadoUma poesia de cintura e boca,de olhar atento e sedutor.
Foi num baile funk, danço desesperadaSeu suor banhava os parceiros muitose o refrão cantava sem pudor
Aiê, aia... 


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Tulipa Ruiz

Conheço pouco, mas gosto da mistura que escuto. Ela é santista (entende-se nascida na baixada e não torcedora do Neymar!), morou em São Paulo e depois em Minas Gerais, talvez tantas voltas a fizeram eclética e particular a sua maneira.
Com voz aveludada, ela mostra seu talento cantando, compondo e também desenhando.
Tulipa, que recebeu esse nome por causa do filme "A Tulipa Negra", fez seu primeiro show solo em 2009 no Teatro Oficina, depois, Prata da Casa no Sesc Pompéia, onde conseguiu colecionar elogios da crítica, inclusive do produtor Nelson Motta, que lhe rendeu grande público apreciador.
Seu primeiro disco foi "Efêmera", que não decepcionou em nada a crítica que estava ansiosa para ver seu trabalho. O disco saiu ano passado, em maio, e rapidamente conquistou o público interessado em música de qualidade e sua poesia musicada.
Seu diferencial é exatamente seu estilo indefinido, que junta canções sutis e poeticamente diretas, cheias de arranjos simples e melodias doces e circulares. 
Ouvi dizer que ela gosta de canções de ninar e acho que isso a influencia bastante em suas composições, a maioria de suas músicas são calmas e arredondadas, aquele tipo de música que te faz dançar em círculo, saltitante e rindo com os olhos vidrados para o céu! Imaginou?! É assim que vejo!
Tem umas músicas com um quê eletrônico. Ela é bem panela de sopa, mistura várias vertentes para ver no que dá! Boa junção seria ela, Mariana Aydar, Vanessa da Mata e Roberta Sá, né?!
Pude ouvi-la ao vivo no Telefônica Sonidos de Música Latina, mas não pude ver muito, estava longe. Pelo telão acompanhei o show e gostei do que vi e ouvi. Acho que vale a pena conhecer e esperar pelo próximo trabalho dela.
"A ordem das árvores" é bem divertida e "Só sei dançar com você" é uma graça!
Para encontrá-la, tem myspace: http://www.myspace.com/tuliparuiz

Só sei dançar com você - Tulipa Ruiz
Você me chamou pra dançar aquele dia
Mas eu nunca sei rodar
Cada vez que eu girava parecia
Que a minha perna sucumbia de agonia
Em cada passo que eu dava nessa dança
Ia perdendo a esperança
Você sacou a minha esquizofrenia
E maneirou na condução
Toda vez que eu errava você dizia pra eu me soltar porque você me conduzia
Mesmo sem jeito eu fui topando essa parada
E no final achei tranquilo
Só sei dançar com você e isso é o que o amor faz
Só sei dançar com você e isso é o que o amor faz