Procura-se na Quitanda

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Julieta Venegas


Delicadeza, gentileza e muito conhecimento musical é o que, a princípio, define Julieta Venegas, a cantora filha de mexicanos, nascida em Tijuana.
Desde pequena dedicou sua rotina à música, estudando piano, canto e violoncello.
Com estilo muito pessoal, Julieta começa a compor na adolescência e desenfreia até hoje suas românticas percepções da vida. É de uma sensibilidade singular. Tipo de música que você escuta repetidamente e não se cansa, porque além da poesia das letras e da combinação da melodia, sua voz é aveludada o suficiente para acalentar qualquer coração!
Recentemente ela veio tocar no Telefônica Sonidos, evento que se dedicou a música latina e foi ótimo! Cantou com sua banda por mais de uma hora e teve a participação da extraordinária e eterna amada (por mim!) Marisa Monte.
Show inesquecível! Só me apaixonei ainda mais pelas músicas dela!

Para encontrá-la, basta acessar o site, que é uma graça, por sinal!
A preferida do momento é Lento:

Si quieres un poco de mí
Me deberías esperar
Y caminar a paso lento
Muy lento
Y poco a poco olvidar
El tiempo y su velocidad
Frenar el ritmo, ir muy lento, más lento.
Sé delicado y espera
Dame tiempo para darte
Todo lo que tengo.
Si quieres un poco de mí
Dame paciencia y verás
Será mejor que andar corriendo
Levantar vuelo
Y poco a poco olvidar
El tiempo y su velocidad
Frenar el ritmo, ir muy lento
Cada vez más lento.
Sé delicado y espera
Dame tiempo para darte
Todo lo que tengo.
Si me hablas de amor
Si suavizas mi vida
No estaré más tiempo
Sin saber que siento.
Sé delicado y espera
Dame tiempo para darte
Todo lo que tengo.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fino Coletivo

Uma das mais sensacionais bandas da atualidade, uma esperta e consciente mistura de ritmos e influências musicais.
A banda é formada por Adriano Siri, Alvinho Cabral, Alvinho Lancelotti, Daniel Medeiros, Donatinho e Rodrigo Scofield. É um groove diferente, não se enquadra em perfis musicais, realmente uma mistura de muita coisa boa, entre elas, o valioso samba que representa nossa mais autônoma brasilidade.
São dois discos lançados: "Fino Coletivo", de 2007 e "Copacabana", de 2010, ambos muito bons mesmo. Vale a pena ter no ipod!
Uma das minhas preferidas é "Uma raiz, uma flor", o swingue é ótimo, a voz, a letra, todo conjunto é excelente! Outra muito boa mesmo é "dragão", o barulhinho do fósforo na música é minha parte preferida! Dá para imaginar a música!!!
É bom quando alguma música toca e além de senti-la, você imagina em imagem, além de som.
"Tempestade" também é sensacional! "...a vontade, a vaidade, simplicidade mora no meu coração...amar a vida não é traição..."
Eles são incríveis pela criatividade, desde o nome da banda, até as letras e melodias.
Quem quiser escutar e conhecer:
http://www.finocoletivo.com.br/



segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Roberta Sá

Uma interprete e tanto. Voz macia, de veludo. Um sorriso lindo, uma timidez no palco que a deixa iluminada. Sempre de saia rodada, vestido florido, hipnotiza quem a assiste e a escuta cantar com o coração. Nascida para o samba, não tem jeito.
Como compositora ainda está caminhando, estudando e tentando parcerias, inclusive com seu marido, Pedro Luiz (e a parede). As últimas tentativas tem sido de sucesso.
Para falar dela, sou suspeita, a acompanho desde que ela participou do extinto Fama, programa da TV Globo que tentou emplacar talentos musicais. Ela nem chegou às finais, porque perseverou seu gosto musical nas escolhas, coisa que a Globo nunca incentivou demasiadamente. 
Enfim, ela saiu de lá e felizmente se engajou no samba verdadeiro, tornando-se uma das melhores vozes atuais e propagadoras do samba da nova geração. Um desbunde!
Eu adoro! Umas das minhas preferidas é a versão de Falsa Baiana, uma composição de Geraldo Pereira. 
Para achá-la, é fácil: www.robertasa.com.br 

Falsa Baiana - Geraldo Pereira
Baiana que entra no samba e só fica parada
Não canta, não samba, não bole nem nada
Não sabe deixar a mocidade louca.
Baiana é aquela que entra no samba de qualquer maneira
Que mexe, remexe, dá nó nas cadeiras
Deixando a moçada com água na boca.
A falsa baiana quando entra no samba ninguém se incomoda
Ninguém bate palma, ninguém abre a roda
Ninguém grita ôba, salve a Bahia, Senhor!
Mas a gente gosta quando uma baiana quebra direitinho
De cima embaixo revira os olhinhos
E diz eu sou filha de São Salvador!


quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Fabiana Cozza

Paulistana com sangue de nordeste, quente, forte, impactante. Samba no pé e voz divina. Presença de palco que poucos artistas conseguem ter, uma sintonia com o público que vale a pena vê-la pessoalmente. 
Ela tem dois cds gravados, o primeiro faz jus ao seu talento:  "O samba é meu dom". Com certeza é. O segundo, lançado em 2007, leva o título de uma canção de Roque Ferreira: "Quando o céu clarear", muito bom também. 
A emoção que ela passa em suas músicas é mágica, graças a sua desenvoltura e contato precoce com o palco, a dança e a música de um modo geral, realmente emocionante.
Uma das minhas preferidas, é uma versão gravada por ela de "Canto de Ossanha", de arrepiar até o último fio de cabelo.
A música é de Baden Powell e Vinícius de Morais, mas na versão dela ficou demais.
Para encontrá-la:
http://www.fabianacozza.com.br

Canto de Ossanha
Homem que diz dou, não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz vou, não vai
Porque quando foi já não quis
Homem que diz sou, não é
Quem é mesmo é não sou
Tô, não tá, ninguém está quando quer
Coitado do homem que cai no canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai atrás de mandinga de amor
Vai, vai, vai
Não vou
Vai, vai, vai,vai
Dizer! Que eu não sou ninguém de ir
em conversa de esquecer
a tristeza de um amor
que passou
Não! eu só vou se vou pra ver
uma estrela aparecer
na manhã de um novo amor
Aieô, sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte ao seu orixá
Amor só é bom se doer
Vai, vai, vai amar
Vai, vai, vai, vai sofrer
Vai, vai, vai, vai, vai, vai chorar
Vai, vai, vai, vai, vai dizer!
Que eu não sou ninguém de ir
em conversa de esquecer a tristeza
de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
uma estrela aparecer
na manhã de um novo amor
Vai, vai sofrer
Vai, vai, vai, vai, vai chorar
Vai, vai, vai, vai
Vai! 

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Monjolo

Sabe o que Monjolo? é uma máquina tradicional movida a água, destinada ao beneficiamento do arroz, parece um pilão, só que não tão potente por ser movido a água. É formado por uma haste de madeira suspensa de forma que a parte que suporta o pau do pilão é maior que a outra, que termina por um cocho que enche com a água proveniente de uma calha, fazendo assim levantar o pau do pilão. Quando está cheio o cocho, este faz baixar a haste e, quando o cocho despeja a água, a outra extremidade cai sobre o pilão.
Mas não é desse monjolo que estou falando aqui, é a banda mesmo! Muito boa, por sinal! É uma sensação que não pode ser lida, deve ser ouvida, já que o groove desses meninos, não tem explicação gramatical. Pernambucanos residentes em São Paulo, o Monjolo consegue trazer uma mistura de ritmos e influências, resultando numa música vibrante e altamente dançante, com toques de samba, rock, afrobeat e groove.
Minha preferida é "samba do sequestro"

Para encontrá-los: 

Monjolo - Samba do Sequestro 
"Vou sequestrar seu coração
E seu cativeiro vai ser um jardim
Com rosas plantadas por mim
Com rosas
Vou sequestrar seu coração
E seu cativeiro vai ser um jardim
Com rosas plantadas por mim
Com rosas

Vou mandar uma carta a seus pais
Com letras recortadas de jornais
Dizendo que por dinheiro algum
Por resgate nenhum
te devolvo nunca mais

Se a polícia aparecer
Vou botar pra correr
Vou botar pra correr

Entre você e eu só a sala e o corredor
Que é pra você morrer de amor
Que é pra você morrer de amor

Vou mandar uma carta a seus pais
Com letras recortadas de jornais
Dizendo que por dinheiro algum
Por resgate nenhum
Te devolvo nunca mais"