Procura-se na Quitanda

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

HaBanot Nechama



Capa do CD HaBanot Nechama - 2007


Estou encantada, boquiaberta, petrificada, extasiada e qualquer outro adjetivo que demonstre meu total respeito e admiração por essas três moças:  Karolina, Dana Adini e Yael Deckelbaum. Me chamaram atenção pela limpeza do som e os trabalhos vocais. Tudo redondinho, perfeito.
A banda é israelense, criada em 2004. Só conheci, por enquanto, o CD de 2007, que leva o nome da banda "HaBanot Nechama", que ainda não descobri se tem tradução. Sim, é tudo novo para mim! Quero compartilhar, porque a música é boa, independente dos detalhes da banda.
Traz uma paz, ao mesmo tempo em que provoca angústia, porque por mais que eu não conheça todas as letras, o trabalho vocal mexe com o coração, traz uma sensação forte, uma vontade de ouvir mais e desvendar cada vozinha. Realmente é uma graciosidade aveludada aos ouvidos. 
As músicas são todas de tão bom gosto. "Lovers" mexe muito comigo e "So far" também, tem uma sonoridade tão delicada, quase um mantra. O trabalho vocal é maravilhoso.
Não encontra-se tão fácil as músicas e material delas por aí, ainda estou garimpando tudo. Mas, mesmo assim, vale a pena ir olhando cada cisquinho de novidade que aparece, porque elas são muito boas.


Continuo na busca e, qualquer novidade, posto aqui! Aí vai o vídeo da música "Lovers" - que é  só a música com uma foto delas, por que como disse, é foda de achar coisas delas! No youtube é onde mais tem.










terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

CéU

Ela já é bem quista por boa parte dos críticos de música. Os melhores, pelo menos, sempre a elogiaram. Eu gosto também, acho suave, poético e de bom gosto. Uma simples e perspicaz mistura de samba com afrobeat, jazz e R&B. Muita boa influência misturada e que dá certo!
Céu surgiu em nossos ouvidos em meados de 2002, rotulada como o mais novo nome da MPB, adjetivo que não a agradou muito, e eu concordo, já que a Música Popular Brasileira se perdeu um pouco da sua essência e se restringiu em alguns poucos tons. A mistura desta paulistana vai além, e foi isso que ela comprovou em seu segundo CD, "Vagarosa", lançado em 2009.
A partir dai, virou sucesso internacional, antes mesmo de ser reconhecida no Brasil, coisa que acontece com frequência quando se trata de bons e criativos músicos.
O berço ajudou, com certeza, assim como ajudou Mariana Aydar e outros tantos nomes da música, que tem em casa excelentes influências musicais. Maria do Céu, seu nome de batismo, é filha do maestro e compositor brasileiro, Edgard Poças.


A carreira dela começou muito antes, em Nova York, onde pode conhecer bons músicos e crescer sonoramente por lá, sendo considerada em 2005 pela Revista francesa Les Inrockuptibles, como uma das cinco revelações do ano. 
Aqui no Brasil, depois de ter suas músicas como trilha sonora em novelas da Rede Globo, alcançou sucesso, mas, como a música é realmente de qualidade, não emplacou nas paradas populares, adequando-se ao "lado B musical brasuca", que é a parte que me agrada deste latifúndio! 
Enfim, ela é boa! As músicas são calmas, compostas com excelente vocabulário, inteligentes melodias e criativas misturas instrumentais e vocais.
Tenho várias preferidas: Bobagem, O Ronco da Cuíca, 10 Contados, Malemolência e uma versão de Concret Jungle, do Bob Marley, que ficou sensacional.
Para encontrá-la: http://www.urbanjungle.com.br/blog1.php/ceu


E para conferir, Bobagem. Mas, por favor, não deixem de ouvir a versão do Bob, realmente acho incrível!








Bobagem - Céu
Minha beleza não é efêmera
Como o que eu vejo
Em bancas por aí
Minha natureza
É mais que estampa
É um belo samba
Que ainda está por vir...
Bobagem pouca
Besteira
Recíproca nula
A gente espera
Mero incidente
Corriqueiro
Ser mulher
A vida inteira...
Minha beleza
Não é efêmera
Como o que eu vejo
Em bancas por aí
Minha natureza
É mais que estampa
É um belo samba
Que ainda está por vir
É um belo samba
Que ainda está por vir
É um belo samba
Que ainda está por vir...